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Todos querem mandar

Foto por Deva Darshan em Pexels.com

Já não é de hoje que todos querem mandar, tomar decisões de atuação a ponto de interferir na vida dos outros. A pandemia do vírus trouxe à tona esse comportamento de forma mais acentuada.

Em prol do “bem da coletividade” todos mandam e tomam atitudes de mando sobre os outros. Porém, as decisões que realmente precisam ser tomadas, como por exemplo, atrasos nos processos econômicos e sociais que poderiam nos levar a melhores condições de enfrentar esta e outras pandemias que virão, ficam para trás.

Sem contar os processos judiciais que continuam em grandes volumes atrasados no tempo e na própria lógica da justiça.

Quem acreditaria há 5 ou 10 anos que o poder das mídias sociais, e de fato o poder do Facebook e outros semelhantes seria tão grande como se nota atualmente. Há pouco tempo, o Facebook tomou uma ação mundial de cancelamento de contas, inclusive de governos. Quem diria que isso aconteceria!

Já tratamos desse tema da responsabilidade das mídias sociais como canais de manifestação individual e coletiva que se alastram e algumas vezes passam dos limites. Com a internet e as várias plataformas sociais, todos podem mover informações, verdadeiras ou falsas, todo o tempo. Mas qual é o limite para isso?

Muitas dessas plataformas estão operando sob uma nova estrutura, não somente tecnológica, mas também – e de forma acentuada – em uma nova estrutura social, cultural e legal [conforme novas leis, quando existem]. Algumas delas buscam atender certas necessidades sociais semelhantes em vários países, outras são mais orientadas a tópicos ou grupos que têm necessidades e desejos comuns. A maioria delas está disponível em todo o mundo, na língua ou no idioma local.

Foto por Pixabay em Pexels.com

Há alguns anos quando tratamos do assunto, o foco da discussão era mais voltado para as plataformas tipo Airbnb e Uber, e o processo de ruptura que tais plataformas tinha causado nos negócios semelhantes, estruturados de forma diferente. Na mesma época já se iniciava uma discussão das chamadas fake news. Nos dias atuais, com a pandemia, e com todos ainda mais conectados, esse efeito se acentuou e se incendiou, levando as pessoas a uma verdadeira batalha social em que o ringue de luta principal é uma plataforma de comunicação social.

E nesse momento com esse ringue aberto para batalhas, todos se sentem no direito de mando. E como se cobra de cada uma delas uma ação forte contra o uso indevido de sua plataforma, então se manda fechar algumas contas que feriram suas regras. Afinal quem manda e quem quer mandar mais!

Mas, apesar de não sermos cada um de nós responsáveis por aquilo que acontece coletivamente, por meio das organizações e empresas de forma geral, nem por meio das mídias sociais, somos de certa forma, sim, responsáveis – talvez não passíveis de culpa – por aquilo que permitimos outros fazerem por meio das nossas plataformas.

Podemos não promover nem incentivar o comportamento alheio desregrado, mas ainda em nossas atividades pessoais e profissionais precisamos manter nossa linha moral, ética e buscar atender as leis, regulamentos e regras. E nos casos de discordância, devemos nos valer principalmente das associações regularmente estabelecidas para esse fim, e com tal propósito, o de buscar um equilíbrio nos extremos que vemos no nosso dia a dia.

Foto por Sora Shimazaki em Pexels.com

Acredito que ainda temos um longo caminho de discussão desse tema, que envolve a liberdade de expressão por meio das mídias sociais e o real poder de controle que se tem e se pode exercer sobre uma sociedade.

Enquanto isso, no mundo dos negócios, precisamos aumentar nossa atenção para o modo como outros tomam vantagem da nossa atividade empresarial, por meios não tão moralmente aceitos, nem muito éticos e ainda eventualmente não legalmente aceitáveis.

A falta de lei e o simples direito de ir e vir, não torna algo ou certos atos e fatos, apropriados e justos.

Texto revisto e atualizado, da versão originalmente publicada em agosto de 2020 no blog do autor na ACIC. Jarib B D Fogaça é sócio na JFogaça Assessoria, Diretor Adjunto na ACIC, e conselheiro independente.

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As nuances da internacionalização nas empresas.

Com tanta coisa acontecendo no mundo com essa pandemia, ter a notícia que o Brasil teve recorde histórico de superávit da balança comercial em abril de 2021 é algo que nos enche de otimismo. Independentemente dos setores que exportaram mais ou menos, transpor fronteiras é, sem dúvida, uma boa opção às empresas para aumentarem seus volumes de vendas atingindo mercados estrangeiros.

Bom, não é bem assim, cada vez mais empresas dos mais diversos tamanhos e segmentos têm desbravado novos mercados internacionalizando suas operações e, ao vencerem esses receios iniciais, conseguem resultados incríveis.

Fazendo uma pesquisa no Google sobre internacionalização de empresas, encontramos  inúmeras opções de páginas na internet com dicas, cursos e até consultorias especializadas sobre o tema. Muitas dessas páginas buscam explicar como se faz, mas muitas não são muito práticas e trazem ainda maior temor aos empreendedores.

Sendo extremamente prática e simples, o que se precisa fazer para vender fora do Brasil não é muito diferente do que você já faz no Brasil. Sim, acredite, o que muda são nuances, as diferenças de uma mesma estrutura de itens a serem feitos.

As perguntas aqui no Brasil ou em qualquer país do mundo são sempre as mesmas: Tem mercado? Qual o tamanho? Quem são os concorrentes? Tem requisitos técnicos e de legislação? Nossa capacidade produtiva atende? Vamos conseguir oferecer nossos serviços nesse local? Como vamos dar suporte aos clientes no pós-venda? E o marketing? Como vai ser o jeito de vender? Conseguimos alguma ajuda do governo, seja aqui ou em outro local?

Pensar que são as mesmas coisas que se faz, mas que agora vai se lidar com as nuances de uma internacionalização, pode ajudar a trazer uma sensação ao empreendedor que ele não está lidando com algo impossível, algo tão desconhecido assim. E como começar então?

Já que é para ser prático, vale exemplificar alguns pontos e suas diferenças como:  primeiro: a definição do mercado associado às obrigações legais com adequação de produto e, segundo: o tema tributário. 

Outro detalhe, e que impacta diretamente nos resultados financeiros, está diretamente relacionado aos tributos fiscais. Empresas que têm a classificação fiscal como lucro real ou presumido podem se beneficiar de créditos tributários estaduais e federais quando relacionados à exportação.  A recomendação é que se faça um cálculo do faturamento para a exportação versus o mercado nacional. Dessa forma, chegar ao ponto de equilíbro tributário onde percentual do que se exporta seja o suficiente para que os créditos tributários fiquem equivalentes aos débitos em território nacional.

Olhar o mercado de outro país é o mesmo que olhar os regionalismos no Brasil. É óbvio que vão existir diferenças e entender isso é chave para se conquistar o cliente estrangeiro. E importante: internacionalizar não é vender para todos os países do mundo. Não, não! Escolher os países-alvo é o primeiro passo mesmo, vendo se a conta de investimento e retorno fazem sentido.

A diferença então é como se começa a obter informações e a boa notícia é que já existem pessoas e instituições que podem lhe ajudar. Isso é ótimo, focar a energia do trabalho para conhecer cada uma das estruturas que existem, por exemplo a APEX, o Exporta Fácil, as câmaras de comércio, entre outros. Feiras internacionais também ajudam muito a conhecer o mercado, o que os movimentam, elas são uma fonte riquíssima de informação, de ver tudo em um único lugar, falar com gente que já exportou e chegar à oferta dos produtos e tendências.

Portanto, a ideia é deixar a sensação de que o processo é o mesmo que todas as empresas estão acostumadas, mas somente com nuances, diferenças peculiares da internacionalização. O que se descobre é que são passos pequenos e focados, apesar de trabalhosos para que, em meses, você já se torne um exportador e melhore sua competitividade e ganhos em vendas fora do país.

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As megatendências e suas oportunidades!

No início dos anos 2000, uma nova tecnologia de perfuração e extração petrolífera chamada “fracking” começou a se espalhar pelo Estados Unidos. Fracking é o processo de injetar água em camadas de rocha que suportam petróleo a uma pressão muito alta, o que permite que o petróleo e o gás fluam em direção à cabeça do poço. Usado com outra inovação chamada perfuração horizontal, o fracking criou uma revolução econômica.

Na década de 2000, os Estados Unidos produziam, em média, cerca de sete milhões de barris por dia, tendo a Rússia e a Arábia Saudita à frente. Na metade da década seguinte, a produção americana disparou para atingir, em 2015, 12 milhões de barris por dia. O fracking permitiu que os EUA reduzissem drasticamente sua dependência ao petróleo estrangeiro e tornar-se uma das superpotências de energia do mundo novamente. Tudo graças às descobertas de xisto.

Na mesma época que o fracking começou a mudar para sempre o negócio de petróleo americano, o lendário Steve Jobs começou uma revolução por conta própria. Em 29 de junho de 2007, Jobs apresentou ao mundo a mais recente criação da Apple, o iPhone. O resto da história, você já sabe.  O iPhone passou a ser um dos produtos de consumo mais bem-sucedidos da história. Mais de um bilhão de iPhones foram vendidos desde 2007. O produto cimentou o status de Jobs como um dos maiores inovadores da realidade.

Essas duas histórias são sobre indústrias muito diferentes, mas elas têm na essência uma grande semelhança. Ambas são o produto de mentes livres e mercados livres. Ambas foram possíveis graças à uma inovação incrível. E ambas as histórias se passaram ao longo de muitos anos… enquanto criaram uma riqueza incrível para muitos.

Foto por Markus Winkler em Pexels.com

E nesse contexto, quais seriam as megatendências que estão se formando e estarão presentes na próxima década até 2029? Identificar essas tendências de negócios que moldam o mundo, desde o início, nos permitirá desfrutar delas em cada um dos nossos negócios. Matt McCall é um articulista que escreve sobre finanças e investimentos e é autor de dois livros de investimento best-sellers: The Swing Trader’s Bible e The Next Great Bull Market. Em um de seus vários artigos, ele identifica quatro grandes tendências do mundo moderno que estão constantemente transformando os negócios de forma profunda, que reproduzimos a seguir:

  • Inovação tecnológica: a humanidade tem uma história de inovações tecnológicas, como a imprensa, a internet, as ferrovias, os carros, as ressonâncias magnéticas, os antibióticos, as viagens aéreas, os telefones, a energia elétrica e o computador pessoal. Produtos e setores que nos permitiram passar de cavernas a aterrissar na lua;
  • Inovação empresarial: esta é uma categoria ampla para classificar grandes avanços nos negócios. Embora frequentemente utilizem inovações tecnológicas, seu coração é de alguém que descobriu uma maneira melhor de fazer negócios. Exemplos que ilustram muito bem esses avanços incluem McDonald’s, Starbucks, entre muitos.
  • Grandes mudanças econômicas ou demográficas: por volta dos anos 1980, o dragão adormecido – a China – acordou. Um homem chamado Deng Xiaoping tornou-se líder do país. Deng acreditava que as pessoas deveriam ser livres para conduzir seus negócios e enriquecer. Ele relaxou os onerosos controles de negócios do governo e o que se seguiu foi um dos maiores booms econômicos da história. Na esteira das reformas de Deng, o país começou a construir rodovias, arranha-céus, portos, pontes, fábricas e usinas elétricas em escala colossal. Uma enorme população de jovens chineses estava lá para fazer o trabalho. Naturalmente, todos aqueles prédios consumiam quantidades impressionantes de recursos naturais. Para abastecer sua farra de construção, a China utilizou enormes quantidades de cobre, minério de ferro, petróleo, gás natural, carvão, zinco e estanho. Isso, por sua vez, criou um dos maiores e mais longos mercados de commodities da história.
  • Crise significa oportunidade: não é politicamente correto dizer isso, mas desastres econômicos criarão muitas das maiores oportunidades de investimento que teremos. Na maioria das vezes, os mercados financeiros precificam a maior parte dos ativos corretamente. A informação flui à velocidade da luz em nossa economia moderna. Isso dificulta a compra de ativos por menos do que eles realmente valem ou a venda de ativos por mais do que realmente valem.

Durante uma crise financeira (e/ou econômica), os mercados enlouquecem. Os investidores despejam ativos como ações e imóveis sem se preocupar com sua capacidade de produzir fluxos de caixa, aluguéis ou dividendos. É por isso que os mercados, a economia em baixa, as quedas de estoque, as guerras e os pânicos financeiros tendem a oferecer oportunidades extraordinárias para as pessoas que conseguem manter a cabeça fria enquanto outras perdem.

O que temos visto é que o crescimento econômico tem sido possibilitado pela inovação tecnológica e a inovação empresarial. E isso nos mostra que devemos sempre procurar investir antes das grandes mudanças econômicas, se possível, é claro! Isto inclui mudanças “demográficas”, e crises pandêmicas, tal como esta, de 2020.

Tal como muitos de nós dizemos: “Nunca deixar uma crise ser desperdiçada”.

Texto revisto e atualizado, da versão originalmente publicada em outubro de 2019 no blog do autor na ACIC. Jarib B D Fogaça é sócio na JFogaça Assessoria, Diretor Adjunto na ACIC, e conselheiro independente.

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Boas festas!

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